sábado, 19 de fevereiro de 2011

Artigo: E quando o vigário cai no conto?

Já ouviu falar de cair no “conto do vigário”? Não sei qual a razão da expressão, mas pelo Brasil tem muito vigário caindo em um “conto” totalmente sem graça. Veja a carta deste bispo:


Caros padres, irmãs e consagrados(as),
Bom dia.

Estamos vivendo uma série de roubos em paróquias por esse Brasil a fora. Cuidado com quem chega sabendo o nome do padre, dos coordenadores das pastorais e movimentos e etc., muito cuidado. Avise ao povo para não comprar nada e não ajudar a ninguém que chegue pedindo em nome da Igreja, do padre, do bispo ou de alguma instituição religiosa.

Ações mais frequentes que já vi:

1.Conto da Bíblia: Gente que vendem Bíblias em nome do padre e do bispo. Tem padre que cai na lábia destes larápios e até assinam autorização para que vedam as bíblias na próquia. Se custa R$ 60,00, vende por R$ 500,00. Geralmente pegam cheques pré datados e os descontam nos comércios da cidade onde as pessoas são conhecidas;

2.Conto do mel: Gente que chega na secretaria ou casa paroquial sabendo que o padre não se encontra e diz ter vindo entregar tantos litros de mel encomendados pelo padre. A conversa é tão boa e clara que facilmente quem o atende paga e fica com o engôdo açucarado que de mel não tem nada;

3.Conto dos panos de prato: Geralmente chegam três mulheres vendendo panos com desenhos bonitos e chamtivos e distraem a secretária ou quem as recebe na casa paroquial. Enquanto isso uma entra na casa e faz o roubo;

4.Conto do roubo: O sujeito chega muito bem arrumado e com certo desespero diz ao padre ou à irmã que foi roubado e ficou sem nada para voltar para MG ou outro estado onde é atuante na Igreja, inventa o nome do padre e da pastoral que trabalha. Umas cuidadosas perguntas são suficientes para botar abaixo a mentira do sujeito. Mas tem padre e irmã muito sensíveis que acabam sendo banhados com a lábia do larápio e caem no conto;

5.Conto da mãe ou do pai morto: Esse é engraçado, o sujeito(a) chega aos prantos dizendo que o pai ou a mãe morreu e o corpo está numa cidade distante e ele quer trazer o cadáver para sua cidade, geralmente um povoado bem conhecido, e precisa de ajuda para ir buscar o féretro. Basta perguntar em qual funerária está o cadáver para começar o processo de desmascaramento;

6. Conto do Agente da Rede Vida de Televisão: Chegam bem vestidos e visitam as casas em nome da Rede Vida e pede ajuda para manutenção da mesma. Geralmente não pede dinheiro vivo, mas insiste para que a pessoa faça um doação numa conta bancária. Na verdade a conta é fantasma e o bandido está do outro lado sacando tudo que vai sendo depositado;

7.Conto do Missionário e agente da Obra de Maria: Esse chega com tanta coisa religiosa para vender, desde terço, bíblias e imagens do Pe. Cícero, dizendo ser missionário da Obra de Maria e as vendas é para ajudar na manutenção dos serviços de evangelização, com autorização do padre e do bispo. Tem gente que compra muito para ajudar e na verdade é um espertalhão que está na sua porta;

8.Conto do restaurador sacro: Esse chega com várias cartas de bispos, seminários, mosteiros e até de bispos de outros países que fizeram trabalho com ele e recomenda aos outros. Os mostruários são bonitos e acaba conversando o padre e fazer o serviço caro e depois de alguns dias o padre descobre que tudo é falso. As notas fiscais fornecidas e as cartas apresentadas são todas falsas;

9.Conto com seminarista carente: A rapaz chega dizendo ser seminarista de uma congregação ou diocese distante, dizendo estar fazendo um trbalho de evangelização e vendendo alguns objetos religiosos para cobrir suas despesas no seminário e comprar os paramentos para sua ordenação que se aproxima. Geralmente sabe o nome do pároco e do bispo e diz ter autorização para fazer isso. As vezes reza com as pessoas e até recita o terço, mas tudo para confundir suas vítimas;

Cuidado com vendedores que aparecem na sua porta. Não compre, pois todos sabem onde podemos adquirir o que precisamos.

Enfim, é preciso ter muito cuidado com todos esses falsários. Avisem nas Igrejas sobre isso, alertem o povo, pois as pessoas são simples e facilmente acreditam nas metiras de quem usa o nome de Deus ou da religião para roubar. Sejamos atentos. Quando o padre fala disso ao povo, geralmente fica mais difícil ocorrer os latrocínios. As secretárias e as funcionárias da casa paroquial precisam ser treinadas para isso.

Um grande abraço a todos(as), + Dom Adair

Extraído do blog do Padre Joãzinho: http://blog.cancaonova.com/padrejoaozinho/2011/02/19/e-quando-o-vigario-cai-no-conto/

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